segunda-feira, 30 de maio de 2011

POMBA GIRA DA FIGUEIRA



As pombas Giras que atuam como Pombas Giras da Figueira são espíritos com apresentação feminina que viveram em uma ou mais encarnações como sacerdotisas ou seguidoras dos antigos cultos pagãos, onde se cultuava A DEUSA OU GRANDE MÃE.
Naturalmente que muitos desses espíritos, ainda nessas encarnações converteram-se a nova fé professada e institucionalizada como única e verdadeira, onde a figura divina feminina fora substituída pela figura divina masculina. Entretanto a maioria dessas "CONVERSÕES" foi obtida pela força do sangue derramado nas mais terríveis torturas, e as mulheres convictas em suas crenças e fortes o suficiente para bancarem o custo de serem quem eram, não aderiram a nova religião institucionalizada, e o resultado, todos nós sabemos qual: A FOGUEIRA.
Muitas dessas fogueiras eram feitas com pedaços de madeira da ÁRVORE MÃE DOS FIGOS, A FIGUEIRA. DEVIDO À PARÁBOLA BÍBLICA EM QUE JESUS CONDENA A FIGUEIRA QUE NÃO DEU FRUTOS. NUMA INTERPRETAÇÃO SIMPLISTA, O POVO ASSOCIOU A FIGUEIRA A ALGO AMALDIÇOADO LITERALMENTE, LOGO ERA A ÁRVORE PERFEITA, PARA ENFORCAMENTOS OU A LENHA PERFEITA PARA AS FOGUEIRAS, ÀS QUAIS ERAM DESTINO DOS HEREGES.
O feminino telúrico, hormonal, sensível e intuitivo era análogo ao incompreensível, à Lua, à Lilith, à serpente, ao próprio instrumento de tentação lasciva usado por Satanás. E deveria ser exorcizado e domesticado. Assim as mulheres perderam seu espaço e seu respeito. tinham que exercer suas crenças de modo velado, escondido até de seus maridos e filhos. Não podiam mais usar publicamente seus conhecimentos ancestrais sobre "magia natural". Se curavam a cólica de uma criança com o uso de erva doce, era obra do diabo; se curavam uma insonia com uso de valeriana, era obra do diabo; se obtivessem qualquer benefício para quem quer que seja com o uso de suas orações, mantras ou infusões, eram consideradas feiticeiras do demonio.
Se exerciam sua sexualidade de modo pleno, eram também consideradas pecadoras. Enfim, nada lhes era permitido, exceto a função passiva e cordata de filha, esposa e mãe.
Os espíritos que trabalham como Pombas Giras e atuam na VIBRAÇÃO DA FIGUEIRA, têm em comum as experiências como sacerdotisas, feiticeiras, curandeiras. Sendo que a vivência dos conflitos religiosos também sempre esteve presente. E usam esses conhecimentos em benefício dos que as procuram.
Não quero dizer que todos esses espíritos tenham alto grau de conhecimento e que todos sejam eruditos, isso se dá com as Guardiãs de hierarquia.
Existem Maria Mulambo da Figueira, da falange Maria Mulambo
Maria Padilha da Figueira, da falange Maria Padilha entre outras.
Com evolução da Umbanda, também no astral, logo POMBA GIRA DA FIGUEIRA irá consolidar-se como uma nova falange, deixando de ser apenas uma função.
As Pombas Giras da Figueira têm uma ampla atuação magística e são muito procuradas por outras Guardiãs para aconselhamentos e auxílio nas resoluções complexas que envolvam a manipulação de elementos.
Não costumam trabalhar diretamente na captura e vigilância de espíritos trevosos, como as Pombas Giras de Dona Rosa Caveira; ou na vigilância de espíritos em recuperação, como as Pombas Giras do Lodo.
Mas são presença constante em Terreiros, ainda que façam pouco uso da incorporação.
Esses espíritos de sacerdotisas que optaram pelo trabalho dentro da Lei de Umbanda, antes da mesma, exerciam suas funções em outros cultos contemporâneos, oriundos do culto à Grande Mãe,onde muitos outros espíritos ainda permanecem.
Nossas mestras nas artes magísticas, têm ocupado papel crescente entre os novos médiuns magistas, através de ritos, práticas, ensinamentos teóricos, revelações literárias e somam grande força na Lei de Umbanda, pelo triunfo da Luz sobre as trevas.
São Guardiãs muito queridas e compreensivas, recebem oferendas embaixo de árvores, se possível, figueiras, preferencialmente as sextas feiras, dia tradicionalmente consagrado às deusas e aos feitiços amorosos.
Essas oferendas incluem os figos, especialmente se for para Dona Mulambo da Figueira; vinhos, maçãs, peras, pêssegos, tamarindos, romãs,incensos, velas de diversas cores, dependendo do pedido ou do trabalho a ser realizado, rosas vermelhas, orquídeas, lírios, jasmim; ervas e especiarias, mel; perfumes. Suas oferendas não costumam incluir o típico Padê de Pomba Gira com farinha ou dendê.
Têm uma comunhão total com a natureza e não recebem oferendas em encruzilhadas. Podem usar as cores verde, dourada, vermelha, negra, branca e roxa.
Costumam trabalhar com pós de magias, óleos, filtros e poções, ervas, sal, terra, água entre outros elementos.
Seus pedidos atendem amor, saúde, prosperidade.

SAUDAMOS TODAS AS MESTRAS GUARDIÃS DA FIGUEIRA!

SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE A POMBA GIRA DA FIGUEIRA



As lágrimas desceram lentamente pelo rosto de Giulia no momento em que fechou a porta e olhou para a cama velha com lençóis amarelados. Ali, naquela pocilga, passaria a viver de agora em diante. Antigas lembranças passaram diante de seus olhos. Resquícios de um tempo em que imaginara ser feliz. O casamento com Aprígio parecia ter sido há tanto tempo, e na realidade apenas cinco anos se passaram. O amor enorme que crescia a cada dia nos tempos de noivado, foi aos poucos se transformando em um apagado sentimento sem definição, amizade? Não, nem isso, apenas desamor, acompanhado de uma cruel sensação de mágoa. Dias e noites passados em solidão conseguiram destruir o castelo de sonhos. Quando conheceu Hugo, amigo de seu marido, o mundo pareceu criar novas cores. Ele sim, lhe dava atenção e carinho. Um mês inteiro de amor sem medida, paixão tórrida que arrebatava seu corpo e mente em total loucura descuidada. Aprígio um dia voltara, sem aviso, e os pegara em sua cama. Alucinado pelo ódio, desferiu três tiros sobre o amigo, matando-o instantaneamente. Ela, nua, correu. A lembrança das janelas se abrindo com pessoas apontando sua nudez entre comentários maldosos ainda envergonha. Alguém (quem seria?), jogou um velho vestido sobre ela que pode enfim cobrir-se, mesmo enquanto corria. Conseguira alguns trocados com uma prima que, no entanto, não a queria por perto e foi com esse dinheiro que alugou esse quarto miserável em que agora se encontra. Não há um amigo, um parente ou mesmo conhecido que a aceite e lhe estenda a mão. Sua vida acabou por completo. Na pequena cidade não há quem não a aponte com maldade (um pouco de nojo também). Ninguém entende o que se passou e ninguém quer escutá-la. Mas se nem ela mesma consegue entender e se perdoar, como esperar isso dos outros? Perdida em meio a esses pensamentos, relanceia o olhar pelo aposento e nota, a um canto, um lençol rasgado. É isso! Pega o pano e percebe que o rasgo, se aumentado, será uma grande tira. Lentamente passa a rasgar e amarrar as tiras. A janela é alta e nela prende a ponta do tecido, a outra ponta é enrolada no pescoço. Arrasta o pequeno criado-mudo e sobe. Com um pequeno pontapé no móvel, lança-se à morte. Seu espírito totalmente atordoado perambulou por negros caminhos de escuridão profunda. Anos se passaram até que Giulia conseguisse perceber os erros que cometera. Hoje, passadas algumas décadas, ela atende em nossos terreiros com o nome de Pomba-Gira Figueira. Tornou-se mais uma trabalhadora dessa grande falange que, apesar de ser pouco conhecida, sempre é lembrada em nossas trunqueiras.
Laroiê a Pomba-Gira Figueira!

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As pombas Giras que atuam como Pombas Giras da Figueira são espíritos femininos que viveram encarnações como sacerdotisas ou seguidoras dos antigos cultos pagãos, onde se cultuava A DEUSA OU GRANDE MÃE.
Naturalmente que muitos desses espíritos, ainda nessas encarnações converteram-se a nova fé professada e institucionalizada como única e verdadeira, onde a figura divina feminina fora substituída pela figura divina masculina. Entretanto a maioria dessas "CONVERSÕES" foi obtida pela força do sangue derramado nas mais terríveis torturas, e as mulheres convictas em suas crenças e fortes o suficiente para bancarem o custo de serem quem era, não aderiram à nova fé, e o resultado, todos nós sabemos qual: A FOGUEIRA. Muitas dessas fogueiras eram feitas com pedaços de madeira da ÁRVORE MÃE DOS FIGOS, A FIGUEIRA. DEVIDO À PARÁBOLA BÍBLICA EM QUE JESUS CONDENA A FIGUEIRA QUE NÃO DEU FRUTOS. NUMA INTERPRETAÇÃO SIMPLISTA, O POVO ASSOCIOU A FIGUEIRA A ALGO AMALDIÇOADO POR SI SÓ, E NÃO METAFORICAMENTE, COMO ERA A INTENÇÃO DE JESUS, LOGO ERA A ÁRVORE PERFEITA, PARA ENFORCAMENTOS OU A LENHA PERFEITA PARA AS FOGUEIRAS, ÀS QUAIS ERAM DESTINO DOS HEREGES.
O feminino telúrico, hormonal, sensível e intuitivo era análogo ao incompreensível, à Lua, à Lilith, à serpente, ao próprio instrumento de tentação lasciva usado por Satanás. E deveria ser exorcizado e domesticado. Assim as mulheres perderam seu espaço e seu respeito. tinham que exercer suas crenças de modo velado, escondido até de seus maridos e filhos. Não podiam mais usar publicamente seus conhecimentos ancestrais sobre "magia natural". Se curavam a cólica de uma criança com o uso de erva doce, era obra do diabo; se curavam uma insonia com uso de valeriana, era obra do diabo; se obtivessem qualquer benefício para quem quer que seja com o uso de suas orações, mantras ou infusões, eram consideradas feiticeiras do demonio.
Se exerciam sua sexualidade de modo pleno, eram também consideradas pecadoras. Enfim, nada lhes era permitido, exceto a função passiva e cordata de filha, esposa e mãe.
Os espíritos que trabalham como Pombas Giras e atuam na VIBRAÇÃO DA FIGUEIRA, teem em comum as experiências como sacerdotisas, feiticeiras, curandeiras. Sendo que a vivência dos conflitos religiosos também sempre esteve presente. E usam esses conhecimentos em benefício dos que as procuram.
Não quero dizer que todos esses espíritos tenham alto grau de conhecimento e que todos sejam eruditos, isso se dá com as Guardiãs de hierarquia.
Existem Maria Mulambo da Figueira, da falange Maria Mulambo
Maria Padilha da Figueira, da falange Maria Padilha entre outras.
Com evolução da Umbanda, também no astral, logo POMBA GIRA DA FIGUEIRA irá consolidar-se como uma nova falange, deixando de ser apenas uma função.
As Pombas Giras da Figueira teem uma ampla atuação magística e são muito procuradas por outras Guardiãs para aconselhamentos e auxílio nas resoluções complexas que envolvam a quebra de magias negras.
Não costumam trabalhar diretamente na captura e vigilância de espíritos trevosos, como as Pombas Giras de Dona Rosa Caveira; ou na vigilância de espíritos em recuperação, como as Pombas Giras do Lodo.
Mas são presença constante em Terreiros, ainda que façam pouco uso da incorporação.
Esses espíritos de sacerdotisas que optaram pelo trabalho dentro da Lei de Umbanda, antes da mesma, exerciam suas funções em outros cultos contemporaneos, oriundos do culto à Grande Mãe,onde muitos outros espíritos ainda permanecem.
Nossas mestras nas artes magísticas, tem ocupado papel crescente entre os novos médiuns magistas, através de ritos, práticas, ensinamentos teóricos, revelações literárias e somam grande força na Lei de Umbanda, pelo triunfo da Luz sobre as trevas.
Seus pedidos atendem amor, saúde, prosperidade.
SAUDAMOS TODAS AS MESTRAS GUARDIÃS DA FIGUEIRA!

Autoria Claudia Baibich

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